No inverno batemos asas e levantámo-nos do chão sem um choro-adeus. no outono visitamos as plantas que regressaram do cais do horizonte. no verão tomamos conta dos filhos que semeámos na primavera. na primavera assistimos aos ensaios dos rouxinóis com o tampo do céu levantado.sentes o paladar das luminiscências divinas? acreditas em anjos tresloucados?acrescentamos palavras mas não mudamos a história ao verso. quando o silêncio passa é mais um truque do nosso "peito-bateria".entre as estações rebentam as flores os seus cheiros. as águas movem-se em corpos de bailarinas. cisnes que se amam sobre o pano líquido dos riachos.hoje é dia de visitas cá no monte. os deuses marcaram mesa para jantar. vais ver que vais ver coisas do outro mundo! o amor será o estojo onde iremos repousar depois de tudo.põe-te atento à porta, rapaz! se ouvires alguém bater vai lá e abre. devagar. como a oração nocturna. verás Júpiter pedindo licença. logo a seguir Vénus segurando ramos. e depois todos os outros: a desejar oxalá haja sempre um amanhã. Responder Reencaminhar
Flávio Lopes da Silva - Escreve a este blog quinzenalmente
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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