terça-feira, 24 de junho de 2008

Mais Proximo do Céu

Se dissermos que um bafo divino ronda esta área não nos digam que não. se dissermos que o tempo pára nos túneis luminosos das nossas gargantas, não aticem os animais.
a verdade está inscrita numa grande pedra onde só outra verdade consegue erguê-la. os nossos pés são asas quando a neve interrompe os caminhos. os nossos braços imitam papagaios de vento quando as ervas altas nos propõem uma dança.
apagamos queimadas com lágrimas e suor. a esperança é todas as cores por estes caminhos que nos levam à vitória.
não trazemos bandeiras para dizer que conseguimos. não trazemos focos porque temos as almas iluminadas.trazemos sim o realejo que puxa os corpos para a frente do tempo.
sentimos o amor quando nos troncos das árvores alguém registou a canivete os seus nomes dentro de um coração. mas sem ferir. sem desperdiçar a resina dos pinheiros. sem incomodar os ninhos. sem fazer pouco do silêncio. que é nobre. que nos toca por dentro. que faz de nós - galácticos caminheiros - poetas que falam de flores, cigarras, grutas e ruínas como nenhuma ciência ousa falar.


Flávio Lopes da Silva - Escreve a este blog quinzenalmente

1 comentário:

Anónimo disse...

Lalihno, bonitas palavras tu escreves. Continua pois engrandeces o, já grande, blogue de nossos amigos. Tudo está muito belo. Um bem haja para todos.